terça-feira, 5 de junho de 2012

The Haunted House: Capítulo 8

    Voltando para casa, nós três em silêncio. Eu olhava para o céu ainda escuro do começo do dia. Por mais que tentasse, não conseguia tirar a cena horrível da Rua Oeir da mente.
    Queria contar tudo pro meu pai e Pattie. Talvez se descrevesse em voz alta, deixaria de ver tudo aquilo mentalmente. Mas como explicar? Por onde devia começar?
     Meu pai foi o primeiro a interromper o silêncio.
     -Eu simplesmente não compreendo- disse, com uma voz que eu raramente ouvia.- se você e Justin não sabem nada sobre isso tudo, como as impressões de Justin podem estar na faca?
     -Bem... eu - sentia todo o horror crescendo dentro de mim.
     -Bem, o quê?- perguntou meu pai, impaciente.
     Eu não podia mais ficar calada.
     -É claro que suas impressões estão na faca!- gritei.- Mas ele não a matou! Ela já estava morta! Vocês têm de acreditar em mim! Têm de acreditar!
     E então não podia parar de chorar.
     -Acalme-se, acalme-se - disse Pattie.- Vamos falar sobre isso quando chegarmos em casa.
     Meu pai continuou a dirigir, olhando para a frente pelo pára-brisa, com os olhos duros e frios que eu podia ver no retrovisor.
     A despeito da hora, Ryan e Chaz chegaram logo depois que eu chamei eles.
     -Talvez se nós três possamos explicar para meus pais - eu disse, abrindo a porta para eles.- Acho que não posso fazer isso sozinha.
     Pela primeira vez na vida, Ryan estava horrível. Os olhos vermelhos. O rosto pálido como um fantasma. O velho suéter vestido às pressas tinha um buraco e uma mancha em uma das mangas.
     -Justin está mesmo preso?- murmurou ele enquanto se dirigia à cozinha para enfrentar os meus pais.
     -Está. Ele já tem dezoito anos. Isso significa que pode ser julgado como adulto.
     -Mas ele é inocente.- exclamou Ryan.- E a fiança? Seu pai não pode tirá-lo de lá?
     -Não há fiança para suspeitos de assassinato.- Assassinato. Eu não acreditava que tivesse dito aquela palavra em voz alta.
     -Você tem de me ajudar.- implorei, apertando a mão de Ryan.- Você tem de me ajudar a convencer meus pais.
     Entramos na cozinha clara. Meu pai e Pattie cumprimentaram os meninos sem sorrir. Pattie serviu uma xícara de café para eles.
     -Muito bem. Os três estão aqui.- disse meu pai, muito sério.- Comecem do começo.
     Procurando conter as lágrimas e segurando a xícara de café com as mão trêmulas, eu, Ryan e Chaz contamos tudo. Começamos com os telefonemas. Acabamos com a visita à Rua Oeir e a apavorante perseguição de carro.
    Por um longo tempo, depois que nós acabamos de falar, os meus pais não disseram nada. Olhavam para o chão, balançando a cabeça.
    -Estão me dizendo que toda essa história começou com um trote no telefone?- perguntou meu pai, finalmente.
    -E terminou em assassinato.- completou Chaz tristemente, num murmúrio.
    -Mas não há conexão entre as duas coisas- esclareci, com um suspiro desanimado. Era difícil acreditar que aqueles telefonemas tolos tinham começado apenas havia uma semana.
    Parecia mais de dois anos.
    -Não queríamos fazer nenhum mal, sra. Mallette. - jurou Ryan.- Era puro entretenimento, um modo divertido de brincar com alguns garotos do colégio.
    -Eu não compreendo. Então como Justin se meteu nisso?- perguntou a mãe dele.
    -Ele ouviu, por acaso, uma das minhas conversas.- contei.- E então ele... bem... deu alguns trotes também. Mas nem foi assim que ele ligou para o telefone dos Farberson.
    -Como assim?- perguntou meu pai.
    -Bem, teve aquele negócio sobre ele ser um "prankster".- disse Chaz.
    -Prankster?- a mãe de Justin perguntou exasperada.- Jade, quer, por favor, tentar dizer alguma coisa com sentido?
    Eu suspirei. Sabia o quanto tudo aquilo parecia estranho. E se meus pais não acreditassem, como poderia esperar que a polícia acreditasse?


    -É evidente que a moça está tentando proteger o irmão. - murmurou o detetive Monroe para o detetive Frazier, de modo que eu pudesse ouvir. Era o fim da tarde de domingo. Eu, Chaz e Ryan tínhamos acabado de contar a história outra vez, desde o começo. Mas pela expressão dos detetives era óbvio que eles só haviam acreditado em algumas partes, as que pareciam pior para Justin.
     -Vamos repassar tudo - disse o detetive Frazier.- Quando Justin deu os telefonemas ameaçadores, antes ou depois da ameaça de bomba?
     -Vocês fazem tudo parecer tão horrível!- revoltei-me, tentando não chorar outra vez, tentando me controlar.- Mas foi só uma brincadeira. E ele não deu tantos telefonemas!
     -Uma ameaça de bomba já é grave- observou o detetive Frazier.- E vocês dizem que ele usou o nome de Fantasma da Oeir Street?
     -Em um ou dois telefonemas.- especificou Ryan.
     -Alguém usou esse nome em um telefonema para emergência da polícia depois da invasão da casa dos Farberson.- disse Frazier.
     -Foi Justin.- disse Chaz.
     -Por que ele usou esse nome?- perguntou Frazier.- Se ele não tinha deita nada errado, por que não disse quem era?
     -Nós já dissemos por quê! - eu estava tão furiosa que tinha vontade de gritar.- Ele já estava encrencado. Foi expulso do colégio na sua cidade, teve uma briga idiota na lanchonete...
     -Em outras palavras, um cidadão modelo.- ironizou o detetive Frazier.
     -Vamos passar agora para a noite do crime - disse o detetive Monroe.- Muito bem, você diz que Justin escolheu os Farberson por acaso, no catálogo telefônico?
     -Isso mesmo.- dissemos os três ao mesmo tempo.
     -E ele fez isso só para mostrar que é um... "prankster"?- perguntou incrédulo.
     Apenas acenei com afirmativamente. Não admirava que o policial não acreditasse. Tudo parecia tão maluco, até para mim.  No entanto, era verdade.
     -Então vocês resolveram ir até a Oeir Street sozinhos?
     -Pensamos em chamar a polícia - disse Ryan.- Mas Justin alegou que vocês jamais acreditariam em nós. E ele tinha razão. Vocês não acreditam.
     -Isso mesmo.- concordou o detetive Monroe.- Então, vocês foram até lá e arrombaram a porta dos fundos da casa...
     -A porta dos fundos já estava arrombada- corrigiu Chaz.
     -Certo- disse Monroe.- Então, descobriram o corpo da sra. Farberson.
     -Não sabíamos quem ela era.- disse Ryan.
     -Justin pensou que ela talvez ainda estivesse viva.- acrescentei.
     -Então ele decidiu chamar a ambulância.- disse Chaz.
     -E foi quando o suposto homem mascarado apareceu.- disse Frazier.
     -Não é um suposto homem mascarado- exasperei-me.- Ele é real! Invadiu, roubou a casa e esfaqueou a sra. Farberson. Estava ainda lá quando chegamos! Por que vocês não estão procurando por ele em vez de prender Justin?
     -Farberson identificou Justin num grupo de homens, esta tarde.- disse secamente Monroe.
     -As impressões de Justin foram encontradas na arma do crime.- disse Frazier.- De mais ninguém.
     -Mas já explicamos isso!- disse Ryan.- Quando o homem mascarado... ora de que adianta?- ele piscou para conter as lágrimas, depois olhou para mim. Ele estava tão nervoso quanto eu.
     Por alguns momentos, os policiais ficaram calados. Então, Monroe recomeçou.
     -Algum dos três pode explicar por que um ladrão, para não dizer assassino, continuou ali quando ouviu três pessoas entrando na casa?
     -Não faz sentido.- acrescentou Frazier.-  Por que ele ia deixar que vocês o vissem? Por que não se escondeu em algum lugar até vocês irem embora? Ou por que não tentou escapar sem ser visto?
     -Por que ele ia perseguir vocês?- disse Monroe.- Se tinha feito as coisas que vocês dizem, não devia estar interessado em perseguir o carro de três adolescentes e depois ir embora sem fazer nada!
     -Não sabemos o porquê!- gritei.- Mas tudo que contamos é verdade!
     O detetive Monroe suspirou.
     -Escutem aqui, Jade, Ryan, Chaz. A lealdade é uma coisa maravilhosa. Procuro ensinar aos meus filhos. Mas a lealdade não é virtude quando nos faz mentir para proteger uma pessoa má. Muito bem, compreendemos que queiram ajudar Justin, mas essa história maluca não pode fazer nenhum bem a ninguém.
    -Não é história maluca.- discordou Chaz.- É a verdade.
    -Ora, vamos, meninos.- o detetive Frazier disse.- Isso está sendo duro para vocês. Podem ajudar melhor Justin, contando a verdade. Por isso, por favor, pensem com cuidado e depois nos contem o que aconteceu realmente.
    -Será que...- comecei apreensiva.- posso ver Justin?
    Os dois detetives se olharam sérios. Monroe balançou a cabeça positivamente para Franzier, que me olhou.
    -Vamos.- ele disse.- Vocês querem vir também?- perguntou para os meninos.
    -Eu não. Ele é meu melhor amigo. Não quero ver ele dentro de um sela por uma coisa que ele não fez.- disse Ryan;
    -Também não quero. Não agora.- disse Chaz.
    Segui Frazier por um corredor escuro de dar medo. Ele me levou até uma salinha escura onde havia uma mesa. Me sentei e fiquei esperando ele ir chamar Justin. Uns cinco minutos depois, Justin entrou de cabeça baixa. Ele estava com aparência cansada, de quem não dorme a dias. Não muito diferente de mim e dos meninos. Quando me viu, ficou ainda mais sério. Corri até ele e o abracei forte, que retribuiu.
    -O que você está fazendo aqui?- ele perguntou baixo.- Não quero que você venha aqui. Aqui só tem gente que não presta. E não quero que você me veja assim.
    -Eu queria te ver. Não aguento mais, isso é injusto. Você não merece estar aqui.- eu disse chorando.
    -Hey, não chora.- ele disse secando uma de minhas lágrimas com seu dedo.
    -Eles não acreditam em nós.- eu disse deixando cair outra lágrima.- O que vamos fazer?
    -Por enquanto nada.- ele disse calmo.- Se acalma, Jade.
    -Não dá. Eu não consigo.- disse chorando ainda mais.- Desculpa.
    -Consegue sim.- ele murmurou se aproximando e colocando as duas mãos em meu rosto.
    Ele juntou nossos lábios dando início ao beijo. Ele começou a mover seus lábios e fui acompanhando. Sua língua invadiu minha boca e começamos um beijo apaixonado. Separamos nossos lábios. Ele me olhou com um meio sorriso. Eu chorava um pouco menos, mas ainda chorava.
    -Vai ficar tudo bem.- ele disse.
    Continua....


Respostas aos comentários:
FanFictions - Justin Bieber .: :(( pois é, foi bem injusto isso neah.  BUBU. HAHA, obrigada linda!
@aboutbelieber: É, pois é. Mas vai  ser bem difícil provar que ele é inocente, porque essa história é bem confusa :S  Ahh, meu amor, tudo bem eu entendo! Saiba que AMO seus comentários, sempre fico muito feliz de lê-los! EBAAA, VAI COMENTAR SEMPRE!! Aii, obrigada flor! SPAOKSPAOKS Já fui! KKKK'
Kathy - @BelieberSwagBR1: Todos choramos BUBU :'(( Pois é, imagina o Bieber preso D: Aiai, obrigadinha meu amor!

4 comentários:

  1. Oh My Bieber ,ele "me beijou " omg , que emocionante véi ,continua s2s2

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  2. HAAAAAAAAAA ELES SE BEIJARAM *-* n foi num momento romântico, mas foi para acalma-lá!
    Tá díficil dos detetives acreditarem neles, pq a história tbm n é nem um pouco convincente, mas é vdd els só precisam fazer com que os detetives acreditem, mas n entendo pq els falaram q tal homen mascarado era um ladrão, então nem els sabem direito oq o homen estava fazndo lá?
    Eu ach q ele era marido dela e há matou por algum motivo desconhecido!
    Há sua linda, fico feliz em saber que vc gosta quand eu comento é apenas uma forma de eu mostrar o quanto eu gosto da suas IBs :)
    principalmente está q a cada capítulo me deixa mais ansiosa para o próximo e assim por diante! SIM, SIM agr irei comentar sempre *-* qund n der pra fzr um comentário big, eu coloco algo menor!
    Nem preciso dizer q está perfeita né, e que eu simplesmente AMEI este capítulo, como se isso vc novidade! Continua assimq der fofa! *o*
    há me segue no tt é @BiebsDaMelanie só avisa lá q te sigo de volta amr! Xoxo

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  3. OMG que lindoooo >.< os detetives tem que acreditar ele tem que ser solto :/ ....Continua ta muito perfeitoo :3

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  4. Owwnt q lindo =') Um beijo fala mais q mil palavras kkkk ai Deus.
    Suas fics são muito foda, continue postando sempre, viu ? u-ú
    Táaa maaaaais q perfeito >< E ai cade a parte Hot para as fafadinhas? ahuahauhauh. Não q eu seja uma, afinal sou uma santa. (prox. piada --' ) hauah
    2bj =*

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